segunda-feira, 27 de abril de 2009

Capítulo I (continuação parte II)

- Ainda bem que pensas assim! Agora levanta-te, tens uma missão. - Ordena-lhe num tom agressivo.

- Sim mestre. - Responde o caçador com um terrível ódio nos olhos.

Drácula olha para o seu novo servo, e percebe imediatamente que ele lhe ira dar muito trabalho, decide então dar-lhe um correctivo.

- Não te permito tal atitude, sou o teu mestre e deves-me respeito – ergue a mão e dá-lhe um violento soco que o deixa estatelado no chão.

O caçador levanta-se imediatamente e dá um sorriso sarcástico, como se tal acto não o tivesse afectado, na verdade não o afectou, pois ele já não era mais humano, além de estar já habituado a actos mais violentos que este.

- Não se repetirá. Irei servi-lo com toda a minha devoção. – Responde um pouco por entre os dentes, pois não estava a ser totalmente sincero com o seu criador.

O conde decide passar por cima desta questão, pelo menos por agora, isto porque estava mais preocupado com outros assuntos.

- Deves estar recordado do que fies-te no mesmo cemitério em que hoje te transformei.

- Se me recordo! Magnífica caçada só tive pena de não o ter morto a si… na verdade esse sempre foi o meu grande objectivo, como deve saber! Mas infelizmente não o apanhei a tempo, apanhei foi o seu filho, não se pode querer tudo! – Responde-lhe friamente – mas deixe-se lá de rodeios e diga logo o que quer de uma vez por todas.

Então, Drácula olha para o seu novo servo, e começa o seu maquiavélico discurso.

- Pois bem agora chegou a altura de pagares por tal acto!

- Como assim, onde quer chegar com isso?!

O caçador interroga-se acerca do que estava a ser planeado, como se já não tivesse uma ligeira ideia do que se iria suceder em seguida.

- Como sabes eu posso dar a vida ao meu filho, mas para isso tenho de ter uma pessoa nascida no mesmo dia lunar que o meu, só assim se poderei cumprir o ritual ancestral. Curiosamente há duas nascidas nesse dia, dois gémeos, que vieram ao mundo na noite de 13 de Julho de 1990, à meia-noite em ponto! Os teus filhos. Mas só preciso de um, portanto vou-te dar a hipótese de escolheres qual deles vai viver.

O caçador reage violentamente a esta provocação, e tenta resolver ali mesmo a situação, e num repentino ataque desfere um golpe certeiro no pescoço do Drácula, mas sem efeito, pois o seu poder em nada se comparava ao de conde, além de estar desarmado e já não podia recorrer mais às estacas de prata pois seria vitima delas, devido à sua nova condição.

- Nunca permitirei tal coisa, nem que tenha de dar a minha vida para os proteger, nunca lhes porás as mãos em cima, juro-te! – O ódio era perfeitamente visível nos seus olhos e percebe-se que estaria disposto a tudo para defender os filhos.

- Pobre criatura, como és ingénua, eu já os tenho na minha posse, ou esqueceste que sei tudo o que pensas? Já me disseste onde eles estão, sem eu ter de ter perguntar. Agora só tens de escolher qual vive e qual morre, quero dizer em qual o meu filho irá encarar.

O caçador fica completamente sem reacção, primeiro porque não esta em condições de partir para uma luta, como pode ver quando o atacou, segundo, mesmo que elabore um plano, o seu criador o saberá imediatamente pois pode ler os seus pensamentos.

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